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A Queda do Muro de Berlim

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1945, fim da Segunda Guerra Mundial . A Alemanha derrotada está ocupada pelos Aliados. De um lado a União Soviética , os verdadeiros resistentes à ocupação nazista. Foram eles que lutaram bravamente às portas de Moscou, defenderam com a vida Leningrado e Stalingrado; e ao vencer estas batalhas, enfraqueceram sobremaneira o exército alemão. De outro lado, EUA, Inglaterra e França , que organizaram o Dia D e a mega invasão dos Aliados pelo oeste da Europa. Em comum, o interesse em dividir a Alemanha em “áreas de influência” , e a necessidade de impedir que uma nova liderança como a de Hitler tomasse a frente na política local. A Alemanha foi dividida em dois países, a República Democrática Alemã (RDA), conhecida como Alemanha Oriental, de regime socialista , e a República Federal Alemã (RFA), ou Alemanha Ocidental, de regime capitalista . A capital, Berlim, que fica do lado oriental, também foi dividida (como mostra o mapa acima). Só que o muro não começou a ser construído logo após os...

Alexandre e seu legado

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Um dos maiores generais da História comandou seu primeiro exército aos 16 anos. Enquanto o pai, Filipe II, estava ausente em uma expedição militar para tomar a cidade de Bizâncio, na Turquia, o filho liderou uma luta contra os búlgaros, ao norte do reino da Macedônia, e venceu com relativa facilidade. Deste evento em diante, o mundo antigo conheceria Alexandre, o Grande. Macedônios versus Gregos Alexandre, nascido na cidade de Pela, na Macedônia, em 20 de julho de 356 a.C., era o primeiro filho do rei Filipe II e de Olímpia, uma nobre muito devotada aos deuses. Portanto, ele herdaria naturalmente não só a Macedônia, como também os territórios gregos conquistados pelo pai, que iniciou a expansão do reino, mesmo que de forma tímida, quando Alexandre ainda era bem novo. Durante a infância Alexandre teve como instrutor o filósofo Aristóteles (a figura ao lado retrata Aristóteles, à esquerda e Alexandre). Do filósofo, Alexandre certamente absorveu parte da inteligência lógic...

A apavorante Medicina na Idade Média

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Quadro “O Triunfo da Morte”, de Pieter Bruegel, foi pintado em uma época que a Peste Negra ainda assombrava a Europa Medieval. Muitas pessoas nutrem verdadeira aversão pelo consultório médico ou o hospital. Sejamos sinceros, se existe um lugar em que ninguém quer ficar — exceto os profissionais que ali trabalham — , este lugar é o hospital, pois só fica por lá quem não está bem de saúde. Alguns tem aversão aos aparelhos que realizam exames. Outros, ao ambiente hospitalar e até mesmo aos médicos e enfermeiros. O que deveria ser encarado como uma coisa comum por todos nós — pois desde que nascemos começamos a envelhecer e estamos fadados a ter problemas de saúde — acaba virando um martírio para muitas pessoas, mesmo com milhares de avanços galopantes da medicina, o que torna uma operação de catarata ou uma endoscopia algo até certo ponto corriqueiro e indolor nos dias de hoje. O nome disto é nosocomefobia (medo de hospital), ou iatrofobia (medo de ir ao médico). Agora imaginem como er...

A Era dos Samurais

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Eles existem desde o século VIII, mas foi entre o Período Kamakura , iniciado em 1192, até a Restauração Meiji , em 1867, que os samurais tiveram sua época áurea no Japão. A Restauração Meiji é o marco do início do fim da estrutura feudal japonesa, o início da industrialização do país e o fim dos samurais enquanto servidores do imperador. Mas como os samurais chegaram a ter este status? É isso que vamos tentar explicar agora. Servidores de valor Devido seu isolamento do resto do mundo — em especial o fim do contato direto com a China, principalmente após a invasão de Gengis Khan àquele país — a sociedade japonesa teve um desenvolvimento bem peculiar, com características que nós não encontramos em outros povos. Querem um exemplo um pouco recente? O grande terremoto que causou um tsunami em março de 2011. Mesmo com lugares completamente destruídos e outros necessitando de abastecimento básico de água e alimentos, TODOS os jornalistas fizeram questão de destacar a forma ordeira, discipli...

O Jesus Histórico

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ATENÇÃO: neste texto não estamos tentando discutir FÉ, e sim HISTÓRIA, ok? Historicamente falando, quem foi Jesus de Nazaré? Aliás, a pergunta que muitos historiadores – e, por que não teólogos? – espalhados pelo mundo fazem é: “Jesus realmente existiu?” Segundo a Bíblia, sim, sem qualquer sombra de dúvida. Mas o livro não é considerado pelos historiadores como uma fonte muito boa para pesquisas, já que com o passar dos séculos seu texto “original” sofreu diversas alterações, sempre visando um melhor entendimento por parte dos fiéis. Além disto, os Manuscritos Apócrifos de Nag Hammadi já mostraram que a fonte bíblica não é lá muito confiável. Na pesquisa histórica os profissionais costumam deixar de fora os axiomas teológicos por motivos óbvios. Não dá para misturar as duas coisas. Mas então quem foi Jesus? Reparem que não desejamos falar daquele Jesus milagreiro da Bíblia, mas sim do homem mortal, político, judeu e revolucionário que talvez tenha vivido na Galiléia no início do que ...

Período Regencial: o golpe da maioridade

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Em 23 de julho de 1840 os membros do Partido Liberal conseguiram que o Senado declarasse D. Pedro II capaz de ocupar o trono do Império Brasileiro. Assim, o país passava a ter um imperador “maior de idade” com 14 anos, quando o normal seria que ele ocupasse o trono a partir dos 18. Antes de prosseguir, recomendamos primeiro a leitura de nossos dois outros textos sobre o tema. Caso você já tenha lido, vamos continuar após os links. Período Regencial: a abdicação de D. Pedro I Período Regencial: as Trinas e as Unas Devido as crescentes agitações políticas do período e as constantes ameaças de descentralização do poder central causadas, principalmente, pelo Ato Adicional aprovado desde 1834 - durante a Regência Trina Permanente de José Carvalho, Bráulio Muniz e Francisco de Lima e Silva -, além das revoltas que pipocavam em algumas províncias, a unidade territorial e política do Brasil estava abalada. Este temor, claro, era observado com maior vivacidade pela ala conservadora da política...

Período regencial: as Trinas e as Unas

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No texto anterior nós tratamos especificamente da abdicação de D. Pedro em 1831 e agora vamos falar das Regências , a forma de governo central, encontrada pelos nossos dirigentes da época, após o D. Pedro deixar o Brasil. Se você ainda não leu nosso texto sobre a abdicação de D. Pedro, aí vai o link: Período Regencial: a abdicação de D. Pedro I Imaginando que vocês já estão a par do texto anterior, seguimos... Segundo a Constituição da época - aquela de 1824 - o Brasil deveria ser governado por um imperador. Na falta de D. Pedro I, seu filho mais velho seria coroado. Mas neste caso, a pessoa que possuía direito a ocupar o trono tinha apenas 5 anos e 4 meses de vida. O pequeno Pedro não tinha qualquer noção do que era governar um império. Portanto, a Constituição previa a instalação de uma Regência, até que o pequeno Pedro tivesse idade suficiente para ocupar o trono e tomar decisões sobre o país. A regência trina provisória Assim que D. Pedro I entregou sua carta de abdicação, os senad...