Os maias vivem na América Central por cerca de 3000 anos. Vivem sim, pois os espanhóis não conseguiram exterminar por completo o povo. Eles começaram a habitar a região sul do México por volta do ano 1000 a.C. e muitos de seus descendentes vivem próximos aos locais onde hoje temos vários sítios arqueológicos.
Estima-se uma população de 2 milhões de maias espalhados pela região, compreendendo os territórios do México, Guatemala, São Salvador e Honduras; e desenvolveu-se em três períodos históricos:
É neste período que foram construídas as cidades de Tikal, Palenque, Copán e Uaxactún, entre outras.
Nesta época ainda não existia uma unidade imperial, estas cidades funcionavam como cidades-estado independentes. Algumas em algum momento formaram ligas que, para comparação, eram bem parecidas com as ligas criadas pelas cidades gregas lá na chamada “Antiguidade Clássica”.
Mesmo com esta unidade regida por um poder teocrático, as cidades ainda tinham relativa liberdade, o que vai motivar o estabelecimento do…
A base da sociedade era formada pelos trabalhadores urbanos, os artesãos e os camponeses, que além do trabalho e do pagamento de impostos, ainda prestavam serviços militares em épocas de conflito.
A base da economia era a agricultura, principalmente a plantação de tubérculos, milho e feijão. Cultivavam também algodão, tomate, batata e cacau. A maior parte destas plantações pertenciam ao Estado, e os camponeses prestavam serviços em uma parte do ano nestes locais. Possuíam técnicas avançadas de irrigação, mas também faziam uso das queimadas, o que causava o esgotamento precoce do solo.
Segundo alguns estudos arqueológicos, foi a partir do ano 1000 a.C., com a introdução do milho “maís” que os maias passaram a destinar seus trabalhos públicos para a construção dos templos e cidades, entre outras obras públicas, pois este milho não dependia de técnicas muito elaboradas para o cultivo, tomando rapidamente o lugar de produto-base da alimentação maia, o que também acarretou em um desenvolvimento agrícola mais lento da região.
É aquela coisa: com abundância de alimento, sobra tempo para outras atividades laborais.Chichén-Itzá. As pirâmides maias eram o centro religioso das cidades.
Chichén-Itzá, a pirâmide da foto acima, é considerada patrimônio da humanidade pela Unesco, e foi eleita uma das 7 novas maravilhas do mundo, assim como Machu Pichu, obra-prima da arquitetura inca. A arte maia, assim como todos os outros povos pré-colombianos, tem ligação direta com a religião local.
A religião era politeísta, os maias acreditavam em vários deuses e davam valores humanos aos fenômenos da natureza, além de deificar vários elementos naturais — animais, plantas, pedras e minerais — que eram identificados como deuses.
A religião também era dualista — tinham noção de bem e mal — , e estes deuses frequentemente lutavam entre si. Com frequência realizavam sacrifícios humanos para aplacar a ira dos deuses.
Assim como os egípcios, os maias também tinham uma escrita baseada em desenhos e símbolos. Registravam com esta escrita os acontecimentos, contagem dos impostos, colheitas, guerras e datas. Tinham um calendário baseado nas fases da Lua, e outro que registrava o tempo de acordo com a posição do planeta Vênus.
A astrologia maia era avançadíssima para os recursos da época, e o topo das pirâmides serviam também como observatório astronômico, além das construções específicas para este fim.
Segundo os maias, este mundo teria sido precedido por outros mundos, e existiram três Eras neste mundo que terminaram em destruição. A quarta era, a Era dos Maias, terminaria com o estabelecimento da fraternidade universal. Coincidentemente, esta Era acabava em 2012, e isto foi motivo para várias especulações sobre o fim do mundo.
A matemática também era muito desenvolvida, e os maias desenvolveram as casas decimais e o número zero. Seu sistema era de base 20, ou seja, ia do 0 ao 19.
Chegaram a desenvolver também um jogo de bola, com associações rituais e eram jogados em estádios que foram construídos em várias das grandes cidades maias.
Mais ao sul os maias continuaram prosperando, mas os territórios do norte foram agregados à expansão asteca, vinda do México por volta do séc. XIV. Com a chegada dos espanhóis, a última cidade-estado maia deixou de oferecer resistência em 1697.
Estima-se uma população de 2 milhões de maias espalhados pela região, compreendendo os territórios do México, Guatemala, São Salvador e Honduras; e desenvolveu-se em três períodos históricos:
Pré-maia (aproximadamente 3000 a.C. até 317 d.C.)
Época que permanece um tanto quanto obscura para os historiadores e arqueólogos até o ano 1000 a.C., quando começou na América Central um grande crescimento populacional, em parte pelo aumento significativo da produção de milho — base da alimentação do povo — e a formação de grande aglomerados populacionais, originando as primeiras cidades maias.É neste período que foram construídas as cidades de Tikal, Palenque, Copán e Uaxactún, entre outras.
Nesta época ainda não existia uma unidade imperial, estas cidades funcionavam como cidades-estado independentes. Algumas em algum momento formaram ligas que, para comparação, eram bem parecidas com as ligas criadas pelas cidades gregas lá na chamada “Antiguidade Clássica”.
Antigo Império (317 a 987)
Neste período as cidades maias formaram um estado centralizado e governado por um monarca semidivino, que era o proprietário nominal de todas as terras que eram cultivadas e que também determinava o trabalho obrigatório, durante uma época do ano, para toda a população.Mesmo com esta unidade regida por um poder teocrático, as cidades ainda tinham relativa liberdade, o que vai motivar o estabelecimento do…
Novo Império (987 a 1697)
No Novo Império as cidades reconquistaram a independência e voltaram a formar as cidades-estado. Mas esta independência das cidades não modificou a cultura comum do povo maia. As diferenças culturais, quando existiam, eram imperceptíveis. No entanto, essa desagregação facilitou o domínio espanhol.Sociedade e Economia
Nas cidades viviam os nobres — classe formada pela família real, chamados de “aqueles que possuem pai e mãe”. Havia também os sacerdotes, os comandantes militares e os funcionários do império que cuidavam da administração e cobrança de impostos.A base da sociedade era formada pelos trabalhadores urbanos, os artesãos e os camponeses, que além do trabalho e do pagamento de impostos, ainda prestavam serviços militares em épocas de conflito.
A base da economia era a agricultura, principalmente a plantação de tubérculos, milho e feijão. Cultivavam também algodão, tomate, batata e cacau. A maior parte destas plantações pertenciam ao Estado, e os camponeses prestavam serviços em uma parte do ano nestes locais. Possuíam técnicas avançadas de irrigação, mas também faziam uso das queimadas, o que causava o esgotamento precoce do solo.
Segundo alguns estudos arqueológicos, foi a partir do ano 1000 a.C., com a introdução do milho “maís” que os maias passaram a destinar seus trabalhos públicos para a construção dos templos e cidades, entre outras obras públicas, pois este milho não dependia de técnicas muito elaboradas para o cultivo, tomando rapidamente o lugar de produto-base da alimentação maia, o que também acarretou em um desenvolvimento agrícola mais lento da região.
É aquela coisa: com abundância de alimento, sobra tempo para outras atividades laborais.
Religião, cultura e arte
Chichén-Itzá, a pirâmide da foto acima, é considerada patrimônio da humanidade pela Unesco, e foi eleita uma das 7 novas maravilhas do mundo, assim como Machu Pichu, obra-prima da arquitetura inca. A arte maia, assim como todos os outros povos pré-colombianos, tem ligação direta com a religião local.
A religião era politeísta, os maias acreditavam em vários deuses e davam valores humanos aos fenômenos da natureza, além de deificar vários elementos naturais — animais, plantas, pedras e minerais — que eram identificados como deuses.
A religião também era dualista — tinham noção de bem e mal — , e estes deuses frequentemente lutavam entre si. Com frequência realizavam sacrifícios humanos para aplacar a ira dos deuses.
Assim como os egípcios, os maias também tinham uma escrita baseada em desenhos e símbolos. Registravam com esta escrita os acontecimentos, contagem dos impostos, colheitas, guerras e datas. Tinham um calendário baseado nas fases da Lua, e outro que registrava o tempo de acordo com a posição do planeta Vênus.
A astrologia maia era avançadíssima para os recursos da época, e o topo das pirâmides serviam também como observatório astronômico, além das construções específicas para este fim.
Segundo os maias, este mundo teria sido precedido por outros mundos, e existiram três Eras neste mundo que terminaram em destruição. A quarta era, a Era dos Maias, terminaria com o estabelecimento da fraternidade universal. Coincidentemente, esta Era acabava em 2012, e isto foi motivo para várias especulações sobre o fim do mundo.
A matemática também era muito desenvolvida, e os maias desenvolveram as casas decimais e o número zero. Seu sistema era de base 20, ou seja, ia do 0 ao 19.
Chegaram a desenvolver também um jogo de bola, com associações rituais e eram jogados em estádios que foram construídos em várias das grandes cidades maias.
Decadência do povo maia
Entre os séculos VIII e IX os maias entraram em decadência devido a guerras internas, doenças, inundações e grandes períodos de seca. As cidades passaram a ter muros em volta. E em algumas cidades, revoltas dos camponeses também enfraqueceram o império.Mais ao sul os maias continuaram prosperando, mas os territórios do norte foram agregados à expansão asteca, vinda do México por volta do séc. XIV. Com a chegada dos espanhóis, a última cidade-estado maia deixou de oferecer resistência em 1697.
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