As Guerras Púnicas
Aníbal (ao centro) conduzindo seu elefante no meio da batalha. As Guerras Púnicas[1] foram uma série de três conflitos deflagrados entre romanos e cartagineses pela hegemonia do Mediterrâneo que durou, ao todo, mais de cem anos — entre 264 a 146 a.C. — e teve como desfecho a destruição da cidade de Cartago e a submissão do território cartaginês em província romana. Mas porque Roma e Cartago chegaram às vias de fato a ponto de iniciar uma guerra? Primeiro vamos falar um pouco sobre a expansão territorial romana e o comércio do Mediterrâneo na época. A expansão romana Após a revolta dos patrícios romanos[2], que levou à deposição do rei Tarquínio e a fundação da República em 509 a.C., Roma gradativamente ampliou seu território até o início do século III a.C., quando começou a esbarrar nos interesses comerciais de Cartago. Nesta época a cidade de Cartago era a maior controladora do comércio do Mediterrâneo, transportando e comercializando a maioria dos produtos de toda a região. Pelo